terça-feira, 27 de outubro de 2009

Explosões de estrelas explicam "neblina" no centro da Via Láctea

O que causa uma misteriosa "neblina" de radiação no centro da Via Láctea? Pode ser um acúmulo de monstruosas explosões de estrelas, também conhecidas como supernovas. Sua radiação é, então, amplificada pelo magnetismo de ventos estelares e pela turbulência próxima ao âmago da galáxia.
No ano de 2003, a sonda WMAP encontrou vestígios de uma radiação de micro-onda especialmente energética no centro da nossa galáxia --batizada, então, de "neblina WMPA". À época, foi proposto que aquilo poderia ter sido causado por colisões de um novo tipo de partícula de matéria escura.
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© NASA (Via Láctea - concepção artística)
Em vez disso, o sinal pode ser produzido por uma ampliação de raios cósmicos amplificados quando estrelas grandes explodem, afirma Peter Biermann, do Instituto de Radioastronomia Max Planck, em Bonn, na Alemanha.
O centro da nossa galáxia tinha um alto número de estrelas massivas, quando comparadas com demais partes. Estas estrelas são rodeadas por ventos estelares particularmente fortes e magnéticos. Nas regiões polares das estrelas, os campos magéticos dos ventos são paralelos à direção da viagem de qualquer raio cósmico que saia da supernova. Esta configuração, mais a enorme turbulência no centro da galáxia causada pela enorme concentração de estrelas, pode aumentar a energia dos raios cósmicos, diz a equipe de Biermann. Eles publicaram o trabalho na revista "The Astrophysical Journal".
Dan Hooper, da Universidade de Chicago, dá o contraponto, observando que é prudente considerar outros cenários em que a matéria escura seja a causa, uma vez que muito pouco é conhecido sobre a região central da nossa galáxia e os campos magnéticos que ali existem.
wmap
© NASA (WMAP)
Fonte: New Scientist

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