quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Lua Azul ocorrerá na véspera de Ano-Novo

A véspera do Ano-Novo, 31 de dezembro de 2009, reserva grandes e belas surpresas. Nessa noite, ocorrerá um fenômeno chamado de Lua Azul. Segundo definição popular, uma Lua Azul é a segunda Lua Cheia em um mesmo mês. A frequência de acontecimento é de 1 vez a cada 2 ou 3 anos.
No entanto, o nome não está relacionado com a cor do corpo celeste e não têm nenhum significado astronômico. A Lua Cheia ocorreu em 2 de dezembro e aparecerá novamente a tempo de contagem regressiva do Ano-Novo, na quinta-feira.
lua cheia
© NASA
O fenômeno será visível nos Estados Unidos, Canadá, Europa, América do Sul e África. O hemisfério oriental poderá comemorar a virada do ano com um eclipse lunar parcial. O eclipse não será visível nas Américas.
O fenômeno é raro e não acontece todos os anos. A última vez ocorreu dia 31 de maio de 2007. Luas New Year's Eve azuis são ainda mais raras, ocorrendo a cada 19 anos. A última vez foi em 1990, o próximo será em 2028. O fato ocorre devido ao ciclo lunar de 29.5 dias, o que torna perfeitamente possível que em um mesmo mês sua fase se apresente cheia por duas vezes.
Fevereiro é o único mês impossível de se ter a Lua Azul, mesmo em anos bissextos. Inclusive é possível um ano não ter Lua Cheia no mês de fevereiro, nesses anos, acontece uma Lua Cheia no final de janeiro e a outra no início de março, ou seja, 2 Luas Azuis no mesmo ano, em janeiro e março. Isto ocorre em média a cada 35 anos.
O nome surgiu de uma interpretação errada da revista Sky & Telescope, em 1946. Naquele ano, o astrônomo James Hugh Pruett usou a expressão - até então utilizada apenas pelo "Almanaque do Fazendeiro do Maine" para designar a terceira Lua cheia de uma estação do ano - para dar o nome ao fenômeno.
Fonte: The Huffington Post e Portal Terra

sábado, 26 de dezembro de 2009

Descoberta a origem de estrelas azuis

Astrônomos anunciaram que desvendaram a origem de uma classe de objetos cósmicos que vinha intrigando a ciência: as estrelas errantes azuis.
Por serem portadoras de uma massa muito maior do que se previa para astros de sua categoria, seu mecanismo de formação não era bem entendido. Agora, dois estudos mostram que elas surgem tanto de colisões estelares quanto de sistemas em que uma estrela suga material de outra aos poucos.
estrelas errantes azuis
© B.R. Carlsen/Universidade de Wisconsin
O enigma das errantes azuis é que elas aparentam ter uma idade menor do que efetivamente possuem, um valor que pode ser inferido a partir da idade de outras estrelas próximas. Outra estrelas gigantes azuis em geral morrem e perdem brilho antes de suas "irmãs" nascidas num mesmo aglomerado, pois astros mais maciços consomem mais rápido seu material interno por meio de fusão nuclear.
Algumas errantes azuis, porém, chegam a ter 7 bilhões de anos, e são mais velhas até do que o Sol, que tem 5 bilhões.
Para explicar isso, cientistas vinham debatendo havia tempos as hipóteses da colisão e da matéria sugada. Esses eventos dariam a estrelas de vida curta um suprimento extra de matéria para fusão nuclear, prolongando assim seu tempo de brilho. Mas ninguém conseguia dizer qual das duas coisas estava efetivamente ocorrendo.
Em um par de estudos hoje na revista "Nature", astrofísicos da Universidade de Bolonha (Itália) e da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) mostram que uma hipótese não exclui a outra. Francesco Ferraro, autor principal do trabalho italiano, analisou diversas errantes azuis e descobriu que aquelas de tom azulado mais acentuado são as formadas em colisões. As outras, mais avermelhadas, surgem quando a gravidade de uma estrela rouba massa de outra próxima.
 Fonte: Nature

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Mistério nos confins do Sistema Solar

Astrônomos dizem que o nosso Sistema Solar está atravessando uma nuvem de material interestelar que não deveria estar aqui. Mas as velhas sondas Voyager ajudaram a resolver o mistério. A nuvem é denominada "Nuvem Interestelar Local". Tem cerca de 30 anos-luz de diâmetro e contém uma insignificante mistura de átomos de hidrogênio e hélio.

nuvem local interestelar
© Linda Huff e Priscilla Frisch (concepção artística)
Estrelas vizinhas, que explodiram há cerca de 10 milhões de anos atrás, deveriam ter esmagado ou dispersado esta nuvem.
Então o que está mantendo esta nuvem no seu lugar?
Usando dados das Voyager, foi descoberto um forte campo magnético, além do Sistema Solar. "Este campo magnético sustenta a nuvem interestelar e resolve o antigo mistério da sua existência. A nuvem é muito mais magnetizada do que se pensava anteriormente. Este campo magnético pode dar a pressão extra necessária para resistir à destruição",  explicou Merav Opher, pesquisador convidado pela NASA, da Universidade George Mason.
Opher e seus colegas explicam a descoberta na edição de 24 de Dezembro da revista Nature.
As duas sondas Voyager da NASA já navegam para fora do Sistema Solar há mais de 30 anos. Estão agora bem além da órbita de Plutão e à beira do espaço interestelar. Durante a década de 90, a Voyager 1 tornou-se no objeto mais longínquo feito pelo Homem.
As duas Voyager, viajando em direções opostas, revelaram, entre outras coisas, que a bolha em torno do nosso Sistema Solar é achatada.
A nuvem interestelar local está mesmo além dos confins do Sistema Solar e é contida pelo campo magnético do Sol, que é "inchado" pelo vento solar numa espécie de bolha magnética com mais de 10 bilhões de quilômetros. Denominada "heliosfera", esta bolha protege o Sistema Solar interior dos raios cósmicos galáctios e das nuvens interestelares. As duas Voyager estão localizadas na camada exterior da helioesfera, onde o vento solar diminui de velocidade devido à pressão do gás interestelar.
A Voyager 1 entrou nesta região em Dezembro de 2004. A Voyager 2 seguiu-a em Agosto de 2007. Estas travessias providenciaram dados fundamentais para o novo estudo.
Outras nuvens interestelares podem também estar magnetizadas, assume Opher e seus colegas. E podemos eventualmente colidir com algumas.
"Os seus fortes campos magnéticos podem comprimir a helioesfera ainda mais do que está agora," afirma a NASA. "Uma maior compressão pode permitir com que um maior número de raios cósmicos alcancem o Sistema Solar interior, possivelmente afetando o clima terrestre e a capacidade dos astronautas viajarem em segurança pelo espaço."
Fonte: NASA

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Descoberto planeta parecido com a Terra

Um grupo de astrônomos descobriu um novo planeta muito parecido com a Terra, maior do que ela, e que poderia ter mais da metade de sua superfície coberta por água, mostra um estudo publicado na revista especializada Nature. A "Super-Terra", como está sendo chamado o planeta (cujo nome oficial é GJ 1214b), está a 42 anos-luz de distância em outro sistema solar, e seu raio é 2,7 vezes maior que o da Terra.
Sua descoberta, relatada no estudo do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, representa "um grande passo à frente" na busca por mundos semelhantes à Terra, estimou Geoffrey Marcy, da Universidade da Califórnia, que escreveu um comentário sobre a "Super-Terra" na Nature. O que ainda falta descobrir é a composição gasosa de seu entorno, destacou.
exoplaneta
© ESO (exoplaneta - ilustração)
O GJ 1214b tem uma órbita de 38 horas em torno de uma estrela pequena e fraca, que foi vista pela primeira vez por oito telescópios terrestres comuns, não muito maiores daqueles usados por observadores amadores, de acordo com o Centro Harvard-Smithsonian.
Sua relativa proximidade torna possível estudá-lo a ponto de determinar sua atmosfera. "Isso faria dele a primeira 'Super-Terra' com atmosfera confirmada, mesmo que esta atmosfera provavelmente não seja boa para a vida como a conhecemos", explicou David Charbonneau, que coordenou a equipe de pesquisa.
A temperatura do novo planeta, no entanto, é muito alta para abrigar formas de vida como as terrestres. Sua densidade sugere que "é composto por cerca de três quartos de água e gelo, e um quarto é rocha", segundo a pesquisa. "Há também fortes indícios de que o planeta possua uma atmosfera gasosa".
O GJ 1214b possui uma temperatura entre 120 e 280 graus Celsius, apesar da estrela central de seu sistema solar ter cerca de um quinto do tamanho do Sol. "Apesar de sua temperatura alta, este parece ser um mundo de água", disse Zachory Berta, estudante que primeiro identificou indicações da presença do planeta.
"É muito menor, mais frio e mais parecido com a Terra do que qualquer outro exoplaneta", indicou Berta em uma nota. Exoplaneta ou planeta extra-solar é qualquer um localizado fora do nosso Sistema Solar. Berta explicou que parte da água da "Super-Terra" provavelmente está em estado cristalino, que existe em ambientes com pressão atmosférica pelo menos 20 mil vezes superior à encontrada ao nível do mar em nosso planeta.
Entretanto, numa comparação com o CoRoT-7b, outro planeta descoberto pelos cientistas que apresenta semelhanças com a Terra, GJ 1214b é bem mais fresco, segundo os astrônomos. O CoRoT-7b, por outro lado, tem densidade próxima à da Terra (5,5 gramas por centímetro cúbico) e parece ser rochoso, enquanto o novo planeta aparenta ser bem menos denso, com 1,9 grama por centímetro cúbico.
"Para manter a densidade do planeta tão baixa assim é preciso que contenha grandes quantidades de água", afirmou Marcy. "Deve haver uma enorme quantidade de água, pelo menos 50% de sua massa".
Fonte: AFP e Nature

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Explosão da supernova SN2007bi

Astrônomos assistiram à morte violenta daquela que constituía provavelmente a estrela de maior massa que já foi detectada. A explosão da supernova, que durou meses, foi estimada como tendo gerado o equivalente a mais de 50 sóis de diferentes elementos, que no futuro poderão se tornar componentes na formação de novos sistemas solares.
A explosão designada SN2007bi foi avistada como parte de um levantamento digital cujo objetivo era a busca de supernovas, empreendido por astrônomos do Observatório de Palomar, perto de San Diego, Califórnia.
SN2007bi
© Nature (SN2007bi)
Uma das supernovas observadas era especialmente digna de atenção, recorda Avishay Gal-Yam, astrônomo do Instituto Weizmann de Ciência, em Rehovot, Israel, e membro da equipe que conduziu o levantamento.
A detonação foi observada pela primeira vez em 6 de abril de 2007 mas, diferentemente da maioria das supernovas, seu brilho não desapareceu em questão de semanas, e ela continuou queimando por meses, em ritmo muito forte.
"Foi um processo muito, muito lento", disse Gal-Yam. "Voltei a observar depois de uma semana, depois de duas semanas, depois de um mês e depois de cinco meses, e o brilho continuava mais ou menos o mesmo".
Observações posteriores com alguns dos mais poderosos telescópios disponíveis no planeta, entre os quais os do Observatório W. M. Keck, no topo do Mauna Kea, Havaí, e os do Observatório de Paranal, no Chile, revelaram uma supernova que diferia de todas as demais.
Em artigo para a revista Nature, Gal-Yam e seus colegas reportam que a explosão provavelmente envolveu uma estrela supermaciça, com pelo menos 200 vezes mais massa que o nosso Sol. O tipo de supernova produzido pela detonação, uma supernova de "instabilidade provocada por partes de partículas", já havia sido previsto em teoria, mas jamais observado.
A explosão gerou volume diversas vezes superior ao do Sol de níquel-56, radiativo, e vastas quantidades de elementos mais leves, como carbono e silício. O decaimento nuclear do níquel que manteve o brilho da explosão por meses.
"Trata-se definitivamente de algo que jamais havíamos visto no passado", diz Gal-Yam. "Não existem estrelas desse porte em nossa galáxia ou nas galáxias mais próximas. Tratava-se de uma estrela realmente espetacular".
Alguns astrônomos sugeriram que seria impossível que estrelas crescessem a tamanhos mais que 150 vezes maiores que a massa do Sol, em parte porque os poderosos ventos solares serviriam para dispersar o material excedente. Uma pesquisa com as estrelas de nossa galáxia, a Via Láctea, parecia sustentar essa ideia de que existe um limite para o tamanho das estrelas.
As estrelas da Via Láctea são feitas principalmente de hidrogênio e hélio, e contêm apenas um pequeno percentual de elementos atômicos mais pesados como parte de sua massa. No entanto, as estimativas quanto às estrelas de maior massa no universo são de que elas contenham proporções ainda menores de elementos mais pesados, o que permitiria que crescessem mais e tivessem brilhos muito superiores, antes de expirarem em forma de espetaculares supernovas de instabilidade provocada por pares de partículas.
Os fótons gerados no interior da estrela exercem pressão para fora e impedem que essas gigantes entrem em colapso, pelo menos até que elas envelheçam a ponto de perder o brilho. Assim que a estrela começa a se contrair, sua temperatura interna sobe, o que faz com que os fótons se convertam em pares de elétrons e pósitrons (as antipartículas dos elétrons). Essas novas partículas não exercem a mesma pressão de expansão sobre a estrela que os fótons originais exerciam, e o resultado é um colapso cada vez mais acelerado, seguido por uma imensa explosão do núcleo estelar.
As supernovas de instabilidade provocada por pares de partículas haviam sido previstas teoricamente décadas atrás mas nenhuma havia sido avistada até agora, disse Norbert Langer, astrofísico da Universidade de Bonn, na Alemanha.
Além de oferecer confirmação quanto a uma velha teoria, a nova supernova pode também permitir novas percepções sobre a juventude do universo. Os astrônomos acreditam que o universo fosse quase inteiramente formado de hidrogênio e hélio pouco antes do Big Bang. A ideia é de que esses elementos tenham formado estrelas gigantescas que arderam por breves períodos, com brilho intenso, antes de explodir, criando elementos mais pesados que no futuro viriam a resultar na formação de planetas, e pessoas.
"Existe um interesse já antigo na evolução e morte dessas primeiras estrelas", diz Langer. A morte da supernova pode propiciar algumas pistas.
E também suscita algumas questões, acrescenta Langer. A mais notável é que a supernova parecia não conter hidrogênio. Já que os elementos leves são considerados importantes em uma estrela como essa, é "algo de estranho" que o hidrogênio não esteja presente na supernova, disse Langer.
Gal-Yam concorda: "Deveríamos tê-lo detectado com certa facilidade", afirma. "Creio que tenha sido removido, com grande eficiência, por algum mecanismo (desconhecido)".
Fonte: Nature

domingo, 13 de dezembro de 2009

Blazar é o maior emissor de raios gama

O telescópio de raios gama Fermi (GLAST) observou que o blazar 3C 454.3 apresentou aumento repentino de brilho. Este blazar é uma galáxia que emite raios gama emanando jatos de partículas energéticas de um buraco negro supermassivo localizado no centro da galáxia que está na constelação de Pegasus à 7 bilhões de anos-luz da Terra. Na imagem a seguir observa-se a evolução de brilho entre os meses de novembro e dezembro deste ano.

blazar

© NASA (Blazar 3C 454.3)

O blazar excedeu em quase duas vezes o brilho do pulsar Vela que está localizado à mil anos-luz da Terra e é considerado a fonte mais energética de raios gama. O fluxo de raios gama no blazar aumentou por um fator de 3 entre 0.1-300 GeV (bilhão de elétrons-volt). O blazar 3C 454.3 está sendo monitorado em todos os comprimentos de onda para obtenção de uma curva de luz do evento.

Fonte: NASA e Fermi

sábado, 12 de dezembro de 2009

Colisão de galáxias ao redor de buraco negro

A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou uma imagem que captou o choque de duas galáxias que giram em torno de um buraco negro.
A imagem foi feita por três telescópios espaciais da agência espacial e mostra as galáxias NGC 6872 e IC 4970.
Os dados do Observatório Chandra de Raios-X da Nasa são mostrados em púrpura. Já a contribuição via espectro infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer está em vermelho.
Há também os dados ópticos do Very Large Telescope (VLT, na sigla em inglês, ou "Telescópio Muito Grande", em tradução livre), em um misto de cores vermelha, verde e azul, sendo que a identificação do verde não é precisa na imagem.
choque de galáxias
© NASA (NGC 6872 e IC 4970)
Astrônomos acreditam que buracos negros supermassivos existam no centro da maioria das galáxias.
Não apenas as galáxias e os buracos negros parecem coexistir, mas eles também parecem essencialmente vinculados à evolução delas.
Para melhor compreender esta relação simbiótica, os cientistas se voltaram para buracos negros em rápido crescimento, chamados Núcleos Galácticos Ativos (AGN, na sigla em inglês).
Com isso, buscam estudar como os buracos negros são afetados por seu ambiente galáctico.
Os últimos dados dos telescópios Chandra e Spitzer mostram que a IC 4970, a pequena galáxia no topo da imagem, contém um buraco negro AGN fortemente envolvido por gás e poeira.
Isto significa que, em telescópios de luz óptica, como o VLT, há pouco para ver. Já os raios-X e a luz infravermelha podem penetrar neste véu e revelar o show de luzes gerado enquanto materiais são aquecidos e antes de cair no buraco negro, visto como um ponto brilhante.
Apesar do gás e poeira escuros em volta da galáxia IC 4970, os dados do telescópio Chandra conseguem indicar que não há gás quente suficiente nessa galáxia para servir de combustível ao crescimento do buraco negro.
Assim, a fonte de alimento para esse buraco negro deve estar na galáxia parceira, a NGC 6872.
As duas galáxias estão no processo de uma colisão, e a atração gravitacional da IC provavelmente tragou algo do profundo reservatório de gás da galáxia NGC, vista principalmente pelos dados do telescópio Spitzer. Isso forneceria então o combustível para o buraco negro gigante.
Fonte: NASA

Telescópio Vista realiza sua primeira imagem

O Observatório Europeu do Sul, ESO, divulgou nesta sexta-feira a primeira imagem realizada pelo seu novo telescópio, o Vista. A imagem mostra uma estrela se formando na região conhecida como a Nebulosa da Chama, ou NGC 2024, na constelação de Órion (o caçador).

nebulosa chama

© ESO (NGC 2024)

Sem utilizar a luz infravermelha, o núcleo da nebulosa, repleto de estrelas jovens, fica completamente escondido atrás de uma nuvem de poeira. O amplo campo de visão do telescópio inclui na imagem o contorno fantasmagórico da Nebulosa Cabeça de Cavalo (Barnard 33) , no canto inferior direito, e a estrela azulada brilhante à direita é uma das três estrelas que formam o Cinturão de Órion.

O Vista é um telescópio de pesquisa que trabalha em comprimentos de onda infravermelhos e é o maior telescópio do mundo dedicado à cartografia do céu. Sua grande lente, seu amplo campo de visão e os detectores muito sensíveis são capazes de revelar imagens completamente novas do céu com resolução inédita.

 Fonte: ESO

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Hubble captou galáxias mais antigas

O telescópio Hubble localizou as galáxias mais antigas já vistas no Universo, com o auxílio da nova câmera infravermelha instalada recentemente por astronautas da Nasa (agência espacial norte-americana), revelaram cientistas britânicos.
Na imagem divulgada, os objetos com luz mais fraca e vermelha são galáxias que se formaram na "infância" do Universo, 600 milhões de anos após o Big Bang, que teria ocorrido há 13,7 bilhões de anos. Assim, estes objetos estariam localizados por volta de 13,1 bilhões de anos-luz da Terra.
hubble deep field
© NASA/Hubble
A nova câmera usa raios infravermelhos, invisíveis ao olho humano e com comprimentos de onda por volta de duas vezes maiores que a luz visível. As imagens foram captadas em uma região do espaço chamada Campo Ultra Profundo, que começou a ser analisada pelos cientistas há cinco anos.
A câmera infravermelha foi instalada por astronautas da Nasa em maio passado, durante a missão de reparo e manutenção do telescópio Hubble, que já tem 19 anos de funcionamento.
As galáxias observadas são, provavelmente, as mais distantes já vistas até o momento.
 Fonte: NASA e ESA

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Estrela 35 vezes mais quente que o Sol

Astrônomos da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha, descobriram uma das estrelas mais quentes da galáxia, com temperaturas 35 vezes maiores do que o Sol. Segundo os cientistas do centro de pesquisas Jodrell Bank Centre for Astrophysics da universidade, esta é a primeira vez que a estrela, que fica na nebulosa Bug, foi observada e retratada. A sua temperatura é superior a 200 mil graus Celsius.
"Esta estrela foi muito difícil de ser encontrada porque ela está escondida atrás de uma nuvem de poeira e gelo no meio da nebulosa", disse o professor Albert Zijlstra, da Universidade de Manchester. De acordo com ele, nebulosas planetárias como a Bug se formam quando estrelas que estão morrendo ejetam gás no espaço.
nebulosa bug
 © Jodrell Bank Centre for Astrophysics (nebulosa Bug)

Nosso Sol vai fazer isso em cerca de cinco bilhões de anos. A nebulosa Bug, que está a cerca de 35 mil anos luz na constelação de Escorpião, é uma das nebulosas planetárias mais espetaculares.
Zijlstra e sua equipe usaram o telescópio Hubble para encontrar a estrela. Em setembro, o telescópio foi reformado, com a instalação de mais uma câmera.
As imagens capturadas pelo Hubble serão publicadas na próxima semana na revista científica Astrophysical Journal. "Nós fomos extremamente sortudos que tivemos a oportunidade para capturar esta estrela próximo ao seu ponto mais quente. De agora em diante ela vai se resfriar na medida em que vai morrendo", disse o autor do artigo, Cezary Szyszka, que trabalha no European Southern Observatory.
"Este é um objeto verdadeiramente excepcional". Segundo o cientista Tim O'Brein, da Universidade de Manchester, ainda não se sabe como uma estrela do tipo ejeta sua massa para formação de nebulosas.
Fonte: BBC Brasil