sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Hubble desvenda interior de supernova

Observações feitas com o Telescópio Espacial Hubble de uma supernova próxima estão permitindo que astrônomos meçam a velocidade e a composição do material do interior da estrela que é ejetado ao espaço após a explosão.
supernova 1987A
© NASA/ESA (supernova 1987A)
Uma equipe da Universidade do Colorado em Boulder detectou um aumento significativo no brilho emitido pela supernova 1987A, o que é consistente com previsões teóricas da interação das supernovas com a vizinhança galáctica.
Descoberta em 1987, essa supernova é a mais próxima da Terra a ser detectada desde 1604, e fica na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã vizinha da Via-Láctea. 
A equipe observou a supernova em luz visível, ultravioleta e infravermelho, mapeando o jogo entre a explosão estelar e o famoso "colar de pérolas", um anel brilhante com 9 trilhões de quilômetros  de diâmetro que cerca o remanescente da supernova e que foi energizado por raios X.
O anel de gás provavelmente foi expelido 200.000 anos antes da supernova explodir, e ondas de choque partindo do remanescente fizeram brilhar de 30 a 40 "pérolas" nele, objetos que provavelmente vão se fundir no futuro, gerando um anel  contínuo.
"As novas observações nos permitem medir com precisão a velocidade e a composição das 'vísceras estelares' ejetadas, que nos falam a respeito da disposição de energia e elementos pesados na galáxia hospedeira", disse, o pesquisador  Kevin France.
"As observações não só nos dizem quais elementos estão sendo reciclados na Grande Nuvem de Magalhães, mas como isso muda o ambiente na escala de tempo da vida humana", afirmou.
Além de ejetar grandes quantidades de hidrogênio, 1987A eliminou hélio, oxigênio, nitrogênio e elementos pesados mais raros, como enxofre, silício e ferro.
Fonte: Science

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