segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Luz estelar do início do Universo

Luz estelar antiga, emitida pelas primeiras estrelas do Universo, foi detectada com o uso do telescópio espacial Fermi, que detecta raios gama.

ilustração da luz estelar nos primórdios do Universo

© Sindya Bhanoo (ilustração da luz estelar no início do Universo)

Marco Ajello, astrofísico da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e seus colegas relataram a descoberta no periódico Science. Ajello realizou a pesquisa quando trabalhava na Universidade Stanford.
"É provável que tenham sido os primeiros objetos a se formarem em nosso Universo", afirmou. "Eles se formaram aproximadamente 500 milhões de anos depois do Big Bang."
Os cientistas supõem que o Big Bang, ou grande explosão, tenha ocorrido há aproximadamente 13 bilhões de anos e resultado na criação de nosso Universo, que continua em expansão. As primeiras estrelas do Universo eram maciças e constituídas principalmente de hidrogênio. É bem provável que o hidrogênio tenha queimado por completo rapidamente e elas tenham explodido, formando supernovas, logo no início. Embora essas primeiras estrelas tenham desaparecido há muito tempo, a luz que emitiram continua chegando até nós.
É impossível medir diretamente a luz de uma estrela antiga, porque a luz de nossa galáxia é mais forte e impede que a vejamos. Por isso, os pesquisadores usaram os raios gama. Eles contaram com os blazares – galáxias distantes que emitem raios gama – para fazer isso. 
Os blazares são como faróis que estão muito distantes daqui. As distâncias destes objetos em relação a nós são diferentes e, com base nessas distâncias é possível medir a quantidade de luz estelar de épocas diferentes.
Os pesquisadores coletaram dados sobre a luz presente no Universo 4, 8 e 11 bilhões de anos após o Big Bang. Futuramente, Ajello espera realizar medições em pontos ainda mais próximos do princípio do Universo.
"Como o Universo está sempre em expansão, chegar o mais perto possível de seu início consiste na melhor forma de medição. Teremos medidas mais precisas quando chegarmos a 2 ou 1 bilhão de anos após o Big Bang", afirmou.

Fonte: The New York Times

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