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domingo, 29 de outubro de 2023

Os fantasmas de Cassiopeia

A Gama Cassiopeia brilha alto nos céus noturnos de outono do norte.

© G. Gruntz / J. Bax (IC 59, IC 63 & Gama Cassiopeia)

É a estrela pontiaguda mais brilhante neste campo de visão telescópico em direção à constelação de Cassiopeia. 

A estrela Gama Cassiopeia compartilha a cena de aparência etérea com nuvens interestelares fantasmagóricas de gás e poeira, com IC 59 (canto superior esquerdo) e IC 63, localizadas a cerca de 600 anos-luz de distância. 

No entanto, elas estão desaparecendo lentamente, erodindo sob a influência da radiação energética da Gama Cassiopeia quente e luminosa. Ela está fisicamente localizada a apenas 3 a 4 anos-luz da nebulosa. 

Um pouco mais próximo da estrela, IC 63 é dominado pela luz vermelha H-alfa emitida quando átomos de hidrogênio ionizados pela radiação ultravioleta da estrela se recombinam com os elétrons. Mais longe da estrela, IC 59 mostra proporcionalmente menos emissão de H-alfa, mas mais da tonalidade azul característica da poeira refletida pela luz estelar.

O vislumbre cósmico se estende por mais de 1 grau ou 10 anos-luz a uma distância estimada de Gama Cassiopeia.

Fonte: NASA

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

A lareira de Órion

A imagem recém-processada da Nebulosa da Chama (NGC 2024), onde podemos ver também nebulosas menores, tais como a Nebulosa da Cabeça de Cavalo (Barnard 33), é baseada em observações conduzidas pelo ex-astrônomo do ESO Thomas Stanke e sua equipe há alguns anos.

© ESO/APEX/VISTA (Nebulosa da Chama)

Entusiasmados em experimentar o, então recém instalado, instrumento SuperCam no APEX (Atacama Pathfinder Experiment), os pesquisadores apontaram o telescópio na direção da constelação de Órion.

Uma das regiões mais famosas do céu, Órion é o lar das nuvens moleculares gigantes mais próximas do Sol, ou seja, vastos objetos cósmicos compostos essencialmente por hidrogênio, onde se formam novas estrelas e planetas. Estas nuvens estão localizadas entre 1.300 e 1.600 anos-luz de distância e apresentam o berçário estelar mais ativo na vizinhança do Sistema Solar, além da Nebulosa da Chama que vemos na imagem. Esta nebulosa de “emissão” abriga um aglomerado de estrelas jovens em seu centro que emite radiação de alta energia, fazendo brilhar os gases circundantes. 

Além da Nebulosa da Chama e seus arredores, os astrônomos puderam admirar uma grande variedade de outros objetos espetaculares. Alguns exemplos incluem: as nebulosas de reflexão Messier 87 e NGC 2071, nuvens de gás e poeira interestelar que refletem a radiação emitida por estrelas próximas. A equipe até descobriu uma nova nebulosa, um pequeno objeto, notável em sua aparência quase perfeitamente circular, que eles chamaram de Nebulosa da Vaca. 

As observações foram conduzidas captando ondas de rádio emitidas pelo monóxido de carbono, CO, nas nuvens de Órion. Usar essa molécula para investigar grandes áreas do céu é o objetivo principal do SuperCam, já que este instrumento permite aos astrônomos mapear enormes nuvens de gás onde se formam novas estrelas. Ao contrário do que o “fogo” desta imagem possa sugerir, estas nuvens são, na realidade, frias, com temperaturas típicas de apenas alguns graus acima do zero absoluto. 

Dados os muitos segredos que ela pode contar, esta região do céu foi varrida muitas vezes no passado em diferentes comprimentos de onda, cada faixa de comprimento de onda revelando características diferentes e únicas das nuvens moleculares de Órion. Como exemplo temos as observações infravermelhas feitas pelo VISTA (Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy) do ESO no Observatório do Paranal no Chile, que compõem o fundo calmo desta imagem da Nebulosa da Chama e seus arredores. Ao contrário da radiação visível, as ondas infravermelhas passam através das nuvens espessas de poeira interestelar, permitindo aos astrônomos descobrir estrelas e outros objetos que, de outro modo, permaneceriam escondidos.

As observações foram apresentadas num artigo aceito para publicação na revista Astronomy & Astrophysics

Fonte: ESO

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Região colorida em Sagitário

O campo da NGC 6559 em Sagitário mostra nebulosas de emissão brilhantes vermelhas, nebulosas de absorção escuras e nebulosas de reflexão azul de poeira, rodeadas pelas estrelas formadas a partir delas.

© Miguel Claro (NGC 6559, IC 1274, IC 1275 e B91)

No centro da cena estão IC 1274 e IC 1275, regiões circulares vermelhas separadas por uma borda de nebulosidade de reflexão azul apresentada acima da grande nebulosa escura B91. 

No canto superior direito está NGC 6559, uma região de nuvens rica em gás quente brilhante. A nebulosa azul visível está refletindo a luz de um grupo de enormes estrelas azuis.

Fonte: Astronomy

quinta-feira, 25 de março de 2021

Fluxos torrenciais em protoestrelas influenciam no crescimento

Embora a nossa Galáxia seja imensa com pelo menos 200 bilhões de estrelas, os detalhes de como se formaram permanecem envoltos em mistério.


© Hubble/R. B. Andreo (nuvem de Órion)

O material vermelho na imagem é hidrogênio gasoso ionizado e aquecido pela radiação ultravioleta de estrelas massivas em Órion. As estrelas formam-se em nuvens de hidrogênio gasoso frio que são invisíveis ou aparecem como regiões escuras nesta imagem. A forma crescente é conhecida como Loop de Barnard e envolve parcialmente a figura da constelação de Órion, o Caçador. O cinturão do Caçador é a cadeia diagonal de três estrelas no centro da imagem. São vistas as estrelas brilhantes Saiph (acima à esquerda) e Rigel (em baixo à esquerda). Esta paisagem abrange dezenas de milhares de estrelas que se formaram e ganharam vida. Muitas ainda estão envoltas nos seus casulos natais de gás e poeira e só são vistas no infravermelho. A linha ondulante de pontos amarelos, que começa acima à esquerda, é uma imagem sobreposta de 304 protoestrelas obtida pelo telescópio espacial Hubble da NASA.

Sabe-se que as estrelas se formam a partir do colapso de enormes nuvens de hidrogênio que são comprimidas pela gravidade até ao ponto de ignição da fusão nuclear. Mas apenas mais ou menos 30% da massa inicial da nuvem termina como uma estrela recém-nascida. 

Para onde vai o resto do hidrogênio durante um processo tão ineficiente? Supõe-se que uma estrela recém-formada libere uma grande quantidade de gás quente por meio de jatos e ventos semelhantes a furacões lançados do disco circundante por poderosos campos magnéticos. Estes fogos de artifício devem impedir o crescimento da estrela central.

Mas um novo e abrangente levantamento do Hubble mostra que esta explicação mais comum não parece funcionar, confundindo os astrônomos. Os pesquisadores usaram dados previamente recolhidos pelos telescópios espaciais Hubble e Spitzer da NASA e pelo telescópio espacial Herschel da ESA (o Spitzer e o Herschel já não estão operacionais).

Neste que é até à data o maior levantamento de estrelas nascentes, os cientistas estão descobrindo que a eliminação do gás pelo escoamento de uma estrela pode não ser tão importante na determinação da sua massa final como sugerem as teorias convencionais. O objetivo dos pesquisadores era determinar se os fluxos estelares interrompiam a queda de gás numa estrela e impediam o seu crescimento.

Em vez disso, descobriram que as cavidades na nuvem de gás circundante, esculpidas pelo fluxo de uma estrela em formação, não cresciam regularmente à medida que amadureciam, como propõem as teorias. "Num modelo de formação estelar, se começarmos com uma pequena cavidade, à medida que a protoestrela rapidamente se torna mais evoluída, o seu fluxo cria uma cavidade cada vez maior até que o gás circundante é eventualmente expelido, deixando uma estrela isolada," explicou Nola Habel da Universidade de Toledo. "As nossas observações indicam que não há um crescimento progressivo que podemos encontrar, de modo que as cavidades não estão crescendo até que empurrem toda a massa da nuvem. Portanto, deve haver algum outro processo acontecendo que elimina o gás que não acaba na estrela." 

Durante o estágio relativamente breve de nascimento de uma estrela, que dura apenas mais ou menos 500.000 anos, a estrela rapidamente aumenta de massa. Conforme a estrela cresce, ela lança um vento, bem como um par de jatos giratórios parecidos a aspersores que disparam em direções opostas. Estes fluxos começam a corroer a nuvem circundante, criando cavidades no gás. 

As teorias populares preveem que, à medida que a jovem estrela evolui e o fluxo continua, as cavidades ficam mais largas até que toda a nuvem de gás em torno da estrela é completamente afastada. Com combustível exaurido, a estrela para de acumular massa, ou seja, para de crescer. 

Para procurar o crescimento da cavidade, os pesquisadores primeiro classificaram as protoestrelas por idade, analisando os dados do Herschel e Spitzer da emissão de luz de cada estrela. Embora as próprias estrelas estejam envoltas em poeira, elas emitem radiação poderosa que atinge as paredes da cavidade e espalha grãos de poeira iluminando as lacunas nos invólucros gasosos no infravermelho.

As imagens do Hubble revelam os detalhes das cavidades produzidas pelas protoestrelas em vários estágios de evolução. Os astrônomos usaram as imagens para medir as formas das estruturas e estimar os volumes de gás liberados para formar as cavidades. A partir desta análise, puderam estimar a quantidade de massa que foi eliminada pelas explosões estelares.

"Descobrimos que no final da fase protoestelar, onde a maior parte do gás caiu da nuvem circundante para a estrela, várias estrelas jovens ainda têm cavidades bastante estreitas," disse Tom Megeath da Universidade de Toledo. "Então, esta imagem que ainda é comum sobre o que determina a massa de uma estrela e o que impede a queda do gás é que esta cavidade crescente do fluxo recolhe todo o gás. Isto tem sido fundamental para a nossa ideia de como a formação estelar continua, mas simplesmente não parece encaixar aqui nos dados." 

O futuro telescópio espacial James Webb da NASA irá investigar mais profundamente o processo de formação das protoestrelas. As observações espectroscópicas vão examinar as regiões internas dos discos que rodeiam as protoestrelas no infravermelho, procurando jatos nas fontes mais jovens, e também ajudará a medir o ritmo de acreção de material do disco para estrela e estudará como o disco interno está interagindo com o fluxo.

Os resultados serão publicados no periódico The Astrophysical Journal.

Fonte: ESA

segunda-feira, 13 de maio de 2019

O nascimento do caçador

A constelação de Órion é uma das coleções de estrelas mais conhecida do céu noturno. As estrelas mais proeminentes desta constelação são reconhecidas há dezenas de milhares de anos ou mais tempo ainda.


© ESO/VLT (NGC 2023)

Os astrônomos chineses chamavam-na 参宿 or Shēn, o que significa, literalmente, “três estrelas”, devido aos três pontos brilhantes que formam o cinturão do caçador. Os antigos egípcios viam-na como os deuses Sah e Sopdet, manifestações de Osiris e Isis, respectivamente, enquanto os astrônomos gregos viam um corajoso caçador, o epônimo Órion, com a sua espada por cima da cabeça, pronto a atacar.

Mitologia à parte, Órion é uma região do céu fascinante. Esta imagem, obtida pelo Very Large Telescope (VLT) do ESO, mostra uma nebulosa de reflexão situada no coração da constelação, a NGC 2023. Localizada próximo das bem conhecidas nebulosas da Cabeça do Cavalo e da Chama, a NGC 2023 encontra-se a cerca de 1.500 anos-luz de distância da Terra e é uma das maiores nebulosas de reflexão do céu.

As nebulosas de reflexão são nuvens de poeira interestelar que refletem a luz de fontes próximas ou internas, tal como nevoeiro em torno dos faróis de um carro. A NGC 2023 está sendo iluminada por uma estrela jovem massiva chamada HD 37903. Esta estrela é extremamente quente, sendo várias vezes mais quente que o Sol, e a sua luz azul-esbranquiçada está na origem do brilho leitoso da NGC 2023. Tais nebulosas são frequentemente locais de nascimento de estrelas, contendo uma distribuição nodosa do gás que é significativamente mais densa que o meio circundante. Sob a influência da gravidade, estes nodos atraem-se uns aos outros e se juntam, criando, eventualmente, uma nova estrela. Daqui a alguns milhões de anos, o Cinturão de Órion pode bem ter uma nova estrela!

Fonte: ESO

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

O fantasma de Cassiopeia

A cerca de 550 anos-luz de distância, na constelação de Cassiopeia, encontra-se a IC 63, uma nebulosa impressionante e ligeiramente sinistra.

The Ghost Nebula

© Hubble (IC 63)

A IC 63, também conhecida como o fantasma de Cassiopeia, está sendo moldada pela radiação de uma estrela vizinha imprevisivelmente variável que está corroendo lentamente a nuvem fantasmagórica de poeira e gás. Este fantasma celestial faz o cenário perfeito para a próxima festa de All Hallow's Eve, mais conhecida como Halloween.

A constelação de Cassiopeia, em homenagem a uma rainha vaidosa na mitologia grega, forma o facilmente reconhecível "W" no céu noturno. O ponto central do W é marcado por uma estrela dramática chamada Gamma Cassiopeiae.

A notável Gamma Cassiopeiae é uma estrela variável subgigante branco-azulada que é circundada por um disco gasoso. Esta estrela é 19 vezes mais massiva e 65.000 vezes mais brilhante que o nosso Sol. Ela também gira a incrível velocidade de 1,6 milhão de quilômetros por hora - mais de 200 vezes mais rápida do que o Sol. Esta rotação frenética dá-lhe uma aparência esmagada. A rotação rápida causa erupções de massa da estrela em um disco circundante. Esta perda de massa está relacionada às variações de brilho observadas.

A radiação de Gamma Cassiopeiae é tão poderosa que afeta até a IC 63, às vezes apelidada de Nebulosa do Espírito, que fica a vários anos-luz de distância da estrela. A IC 63 é visível nesta imagem obtida pelo telescópio espacial Hubble.

As cores da estranha nebulosa mostram como ela é afetada pela poderosa radiação da estrela distante. O hidrogênio dentro da IC 63 está sendo bombardeado com radiação ultravioleta de Gamma Cassiopeiae, fazendo com que seus elétrons ganhem energia que mais tarde liberam como radiação de hidrogênio-alfa, visível em vermelho nesta imagem.

Esta radiação hidrogênio-alfa torna a IC 63 uma nebulosa de emissão, mas também vemos a luz azul nesta imagem. Esta é a luz da Gamma Cassiopeiae que foi refletida pelas partículas de poeira na nebulosa, o que significa que a IC 63 também é uma nebulosa de reflexão.

Esta nebulosa colorida e fantasmagórica está se dissipando lentamente sob a influência da radiação ultravioleta da Gamma Cassiopeiae. No entanto, a IC 63 não é o único objeto sob a influência da poderosa estrela. Faz parte de uma região nebulosa muito maior ao redor da Gamma Cassiopeiae, que mede aproximadamente dois graus no céu, cerca de quatro vezes a largura da Lua cheia.

Esta região é melhor vista do hemisfério norte durante o outono e o inverno. Embora esteja alto no céu e visível durante todo o ano da Europa, é muito escura, portanto, observá-la requer um telescópio bastante grande e um céu escuro.

Acima da atmosfera terrestre, o telescópio espacial Hubble nos dá uma visão que não podemos esperar ver com nossos olhos. Esta foto é possivelmente a imagem mais detalhada que já foi tirada da IC 63, e mostra esplendidamente as capacidades do telescópio espacial Hubble.

Fonte: ESA

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

A nebulosa M78 na constelação de Órion

As nuvens de poeira interestelar e as nebulosas brilhantes abundam na fértil constelação de Órion.

M78

© Fabian Neyer (M78)

Uma das nebulosas mais brilhantes é a M78, que aparece no centro da imagem acima, vista em campo amplo cobrindo uma área ao norte do Cinturão de Órion. Localizada a uma distância de cerca de 1.500 anos-luz, a nebulosa de reflexão azulada tem aproximadamente 5 anos-luz de diâmetro.

Sua tonalidade é devido à poeira refletindo preferencialmente a luz azul emitida pelas estrelas quentes e jovens. A nebulosa de reflexão NGC 2071 está logo à esquerda da M78. À direita, e muito mais compacta, está a intrigante Nebulosa de McNeil que é uma nebulosa variável recentemente reconhecida associada a uma jovem estrela parecida com o Sol.

As manchas avermelhadas mais profundas das emissões dos objetos Herbig-Haro, são jatos energéticos emitidos pelas estrelas em processo de formação, e se destacam contra as faixas escuras de poeira. A exposição também evidencia o brilho mais apagado persuasivo do gás hidrogênio atômico da região.

Fonte: NASA

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Poeira estelar na constelação de Áries

Esta composição cósmica cobre mais de 8 graus no céu austral.

LBN762, LBN753 e LBN743

© Rogelio Bernal Andreo (LBN762, LBN753 e LBN743)

O campo mostrado no mosaico acima fica a oeste do conhecido aglomerado estelar aberto das Plêiades, na direção da constelação de Áries e do plano da Via Láctea.

À direita do mosaico está a estrela azulada Epsilon Arietis, uma estrela visível a olho nu e que está localizada a cerca de 330 anos-luz de distância da Terra. Refletindo a luz da estrela na região, as nebulosas empoeiradas LBN762, LBN753 e LBN743, se espalham da esquerda para a direita em todo o campo, mas estão a cerca de 1.000 anos-luz de distância.

Nesta distância estimada, a imagem representa mais de 140 anos-luz de diâmetro. Perto da borda da grande nuvem molecular, seus interiores escuros podem esconder estrelas recém-formadas e jovens objetos estelares conhecidos como protoestrelas. Colapsando devido à própria gravidade, as protoestrelas se formam em torno de núcleos densos embutidos na nuvem molecular.

Fonte: NASA

segunda-feira, 27 de março de 2017

Os nomes peculiares de objetos astronômicos

Alguns objetos astronômicos têm apelidos cativantes ou peculiares, inspirados pela mitologia ou sua própria aparência.

NGC 4424 e LEDA 213994

© Hubble (NGC 4424 e LEDA 213994)

Tomemos, por exemplo, a constelação de Órion (O Caçador), a Galáxia do Sombrero, a Nebulosa Cabeça de Cavalo, ou mesmo a Via Láctea. No entanto, a grande maioria dos objetos cósmicos aparecem em catálogos astronômicos, e são dados nomes menos poéticos baseados na ordem de sua descoberta.

Duas galáxias são claramente visíveis nesta imagem do Hubble, a maior delas é a NGC 4424. Esta galáxia é catalogada no Novo Catálogo Geral de Nebulosas e Aglomerados de Estrelas (NGC), que foi compilado em 1888. O NGC é um dos maiores catálogos astronômicos, por isso aparecem fotografias de muitos objetos NGC realizadas pelo Hubble. No total há 7.840 entradas no catálogo e eles também são geralmente os objetos maiores, mais brilhantes e mais atraentes no céu noturno, e, portanto, os mais facilmente vistos por astrônomos.

A galáxia menor, plana e brilhante, situada logo abaixo da NGC 4424, é chamada de LEDA 213994. O Lyon-Meudon Extragalactic Database (LEDA) é muito mais moderno do que o NGC. Criado em 1983 no Observatório de Lyon, contém milhões de objetos. No entanto, muitos objetos NGC ainda constam com seus nomes iniciais simplesmente porque eles foram batizados dentro do NGC primeiro. Nenhum astrônomo pode resistir a uma boa sigla, e "LEDA" é mais atraente do que o "LMED", talvez graças à antiga afinidade astronômica com a mitologia quando se trata de nomear as coisas: Leda era uma princesa na mitologia grega antiga.

Fonte: ESA

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Uma transformação na constelação de Virgem

A constelação de Virgo (Virgem) é especialmente rica em galáxias, devido em parte à presença de uma coleção massiva e gravitacionalmente ligada de mais de 1.300 galáxias constituindo o Aglomerado de Virgem.

NGC 4388

© Hubble (NGC 4388)

Um membro particular desta comunidade cósmica, a NGC 4388, é captada nesta imagem vista pela Wide Field Camera 3 (WFC3) do telescópio espacial Hubble da NASA/ESA.

Localizado a cerca de 60 milhões de anos-luz de distância, a NGC 4388 está experimentando alguns dos efeitos menos desejáveis ​​que surgem com a pertença de um aglomerado de galáxias tão grande. Está passando por uma transformação, e assumiu uma identidade um pouco confusa.

Enquanto os arredores da galáxia aparecem lisos e sem detalhes, com aspecto clássico de uma galáxia elíptica, seu centro exibe trilhas de poeira notáveis ​​restritas dentro de dois braços espirais simétricos, que emergem do núcleo brilhante da galáxia, uma das características óbvias de uma galáxia espiral. Dentro dos braços, manchas em azul brilhante marcam a localização de estrelas jovens, indicando que a NGC 4388 hospedou rajadas recentes de formação estelar.

Apesar disso, a NGC 4388 é classificada como uma galáxia espiral. Sua combinação incomum de características são possivelmente causadas por interações entre ela e o Aglomerado de Virgem. As interações gravitacionais através de colisões diretas, influência das forças marés, fusões e canibalismo galáctico podem ser devastadoras para as galáxias. Enquanto algumas podem ter a sorte de simplesmente ter um braço espiral distorcido ou uma onda recém-desencadeada de formação estelar, outras têm sua estrutura e conteúdo completamente e irrevogavelmente alterados.

Fonte: ESA

domingo, 23 de outubro de 2016

A nebulosa da Tulipa na constelação do Cisne

Esta imagem telescópica retrata uma brilhante nebulosa de emissão que se destaca ao longo do plano da galáxia Via Láctea na direção da rica constelação do Cisne.

nebulosa da Tulipa

© Martin Pugh (nebulosa da Tulipa)

Popularmente conhecida como a nebulosa da Tulipa, essa luminosa nuvem de gás interestelar e poeira cósmica consta do catálogo de 1959 produzido pelo astrônomo Stewart Sharpless com a designação de Sh2-101.

A complexa nebulosa da Tulipa, que desabrocha no centro dessa imagem composta, dista cerca de 8.000 anos luz da Terra e tem um diâmetro estimado em 70 anos-luz.

Notam-se tons em vermelho, verde e azul que mapeiam a emissão originada, respectivamente, pelos átomos ionizados de enxofre, hidrogênio e oxigênio.

A radiação ultravioleta emanada pelas jovens, massivas e energéticas estrelas na borda da associação OB3 de Cygnus, incluindo a estrela da classe O HDE 227018, ioniza os átomos e é responsável pela emissão luminosa da nebulosa da Tulipa. A estrela HDE 227018 é o ponto brilhante bem próximo do arco em azul próximo ao centro da tulipa cósmica.

Fonte: NASA

sábado, 15 de outubro de 2016

O residente incomum de Cassiopeia

Esta imagem, feita com a Wide Field Planetary Camera 2 do telescópio espacial Hubble, mostra a galáxia espiral NGC 278.

NGC 278

© Hubble (NGC 278)

Esta beleza cósmica localiza-se a cerca de 38 milhões de anos-luz de distância da Terra na constelação de Cassiopeia.

Olhando assim, a galáxia NGC 278, parece tranquila. Porém, a galáxia está passando por uma imensa explosão de formação de estrelas. Esta atividade furiosa pode ser percebida pelos nós de tonalidade azulada, que permeiam os braços espirais da galáxia, cada um dos quais representa um grupo de estrelas quentes recém-nascidas.

Contudo, a formação de estrelas na NGC 278 não é comum, ela não se estende para as bordas mais externas da galáxia, só acontecendo dentro de um anel interno de cerca de 6.500 anos-luz de diâmetro. Essa dicotomia pode ser vista nesta imagem, enquanto o centro é brilhante, as extremidades são muito mais escuras. Esta estranha configuração acredita-se que tenha sido causada por uma fusão com uma galáxia menor rica em gás, enquanto que o evento turbulento acendeu o centro da NGC 278, a poeira remanescente da pequena galáxia desapareceu nas regiões mais externas da galáxia. Qualquer que seja a causa, este anel de formação estelar, chamado de anel nuclear, é extremamente incomum em galáxias sem uma barra no seu centro, tornando a NGC 278 uma visão muito intrigante.

Fonte: NASA

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Órion em vermelho e azul

Quando a constelação de Órion tornou tão chamativa?

Órion

© David Lindemann (Órion)

Esta revelação colorida da parte da constelação de Órion é oriunda da luz vermelha emitida por hidrogênio e enxofre (SII), e a luz azul-verde emitida pelo oxigênio (OIII). Matizes na imagem foram digitalmente transferida sendo um indicativo de suas origens elementares, mas também marcante para o olho humano. A imagem empolgante foi cuidadosamente composta de centenas de imagens que levou cerca de 200 horas para serem recolhidas. Na foto, o Laço de Barnard, na parte inferior da imagem, aparece para embalar construções interestelares incluindo a intricada nebulosa de Órion, vista apenas à direita do centro. A Nebulosa da Chama também pode ser rapidamente localizada, mas é preciso um olhar atento para identificar o ligeiro recuo da escura Nebulosa Cabeça de Cavalo. Quanto ao brilho de Órion, uma explicação conducente para a origem do Laço de Barnard é uma explosão de supernova que ocorreu cerca de dois milhões de anos atrás.

Fonte: NASA

domingo, 20 de março de 2016

O W de Cassiopeia

Um familiar zigue-zague, com a forma de W, na constelação meridional de Cassiopeia é perfilada por cinco estrelas brilhantes neste amplo mosaico colorido.

o W de Cassiopeia

© Rogelio Bernal Andreo (o W de Cassiopeia)

Estendendo-se cerca de 15 graus pelos ricos campos estelares, a cena celeste inclui nuvens escuras, nebulosas brilhantes e aglomerados de estrelas ao longo da Via Láctea. Em tons de amarelo-laranja aparece destacada a estrela Shedar, alfa de Cassiopeia. A estrela gigante amarelada é mais fria do que o Sol, com mais de 40 vezes o diâmetro solar, e tão luminosa que brilha na noite terrestre desde os seus 230 anos-luz de distância. A estrela massiva no centro do W é a brilhante Gama Cas, que está a cerca de 550 anos-luz de distância. A estrela azulada Gamma Cas é muito mais quente que o Sol. A intensa radiação ultravioleta desta estrela ioniza os átomos de hidrogêniodas nuvens interestelares próximas para produzir emissão H-alfa vermelha visível, quando os átomos se recombinam com elétrons. Naturalmente, os observadores noturnos no sistema estelar Alpha Centauri também verão o contorno reconhecível traçado por estrelas brilhantes de Cassiopeia. Mas a partir de sua perspectiva, de apenas 4,3 anos-luz de distância, veriam o nosso Sol como uma sexta estrela brilhante em Cassiopeia, estendendo-se o padrão em zigue-zague pouco além da margem esquerda deste imagem.

Fonte: NASA

segunda-feira, 14 de março de 2016

Nebulosas escuras na constelação do Touro

Às vezes até mesmo a poeira escura do espaço interestelar tem uma beleza serena.

nebulosas escuras na constelação do Touro

© Oliver Czernetz/DSS (nebulosas escuras na constelação do Touro)

Um tal lugar ocorre na direção da constelação de Touro. Os filamentos vistos na imagem acima podem ser encontrados no céu entre o aglomerado estelar das Plêiades e a nebulosa Califórnia. Essas nuvens de poeira são conhecidas não pelo seu brilho, mas sim pelo seu grau de absorção e opacidade.

Diversas estrelas brilhantes são visíveis com sua luz azulada sendo observada refletidas na opaca poeira marrom. Outras estrelas parecem incomumente avermelhadas a medida que sua luz fracamente atravessa as colunas de poeira escura, sendo a cor vermelha a luz remanescente depois que os tons de azul são dispersos.

Além disso, mais estrelas estão atrás dos pilares de poeira tão densos que suas luzes não são observáveis nessa imagem telescópica, no espectro visível.

Apesar de parecer sereno, o cenário retratado apresenta na realidade um contínuo tumulto e renascimento. Isso é causado pelos massivos nós de gases e poeira que gravitacionalmente colapsam para formar novas estrelas, que não só criam mais poeira em suas atmosferas como também destroem as nuvens antigas com sua luz energética e seus ventos.

Fonte: NASA

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Tempo longo de exposição mostra a constelação de Órion

A constelação de Órion, é muito mais do que três estrelas alinhadas, as “Três Marias”.

constelação de Órion

© Stanislav Volskiy/Judy Schmidt (constelação de Órion)

Ela é uma região do espaço rica, e cheia de nebulosas impressionantes. Para melhor apreciar essa parte do céu bem conhecida, uma imagem de exposição extremamente longa foi feita, durante muitas noites dos anos de 2013 e 2014. Depois de 212 horas de tempo de exposição e um ano de processamento, a colagem final feita com 1.400 exposições se espalha por mais de 40 vezes o diâmetro angular da Lua Cheia. Dos muitos detalhes interessantes que se tornaram visíveis, um que particularmente chamou a atenção foi o Loop de Barnard, o brilhante filamento vermelho circular que aparece no meio da imagem. A Nebulosa Rosette, não é a gigantesca nebulosa vermelha perto do topo da imagem, essa é a maior e menos conhecida nebulosa Lambda Orionis. A Nebulosa Rosette é visível na parte superior esquerda da imagem, com uma tonalidade vermelho esbranquiçada. A estrela laranja brilhante acima do centro da imagem é Betelgeuse, enquanto que a estrela brilhante azul na parte inferior direita é Rigel. Outras nebulosas famosas visíveis na imagem, incluem a Nebulosa da Cabeça da Bruxa, a Nebulosa Flame, e a Nebulosa da Pele de Raposa, e também poderá ser vista a pequena Nebulosa da Cabeça do Cavalo. Sobre as famosas três estrelas que cruzam o cinturão de Órion, nessa imagem repleta de informações talvez seja difícil localizá-las, mas olhos bem treinados podem encontrá-las no centro da imagem.

Órion_label

© Stanislav Volskiy/Judy Schmidt (constelação de Órion, anotada)

Fonte: NASA

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Órion em gás, poeira e estrelas

A constelação de Órion tem muito mais do que três estrelas alinhadas.

região de Órion

© R. Colombari, R. Gendler & F. Pelliccia (região de Órion)

Uma exposição mais profunda mostra tudo, desde nebulosas escuras a aglomerados estelares, todos incorporados numa parte prolongada de tufos gasosos no ainda maior Complexo de Nuvens Moleculares de Órion. As três estrelas mais brilhantes no lado esquerdo são de fato as três estrelas famosas que formam o cinturão de Órion, as “Três Marias”. Logo abaixo de Alnitak, a mais baixa das três estrelas do cinturão, está a Nebulosa da Chama, brilhando com o gás hidrogênio excitado e imerso em filamentos de poeira em cor de castanho escuro. Abaixo e à esquerda do centro da imagem e logo à direita de Alnitak, encontra-se a Nebulosa Cabeça de Cavalo, uma reentrância escura de poeira densa que tem talvez o mais reconhecido dos formatos de nebulosas no céu. No canto superior direito encontra-se M42, a Nebulosa de Órion, um caldeirão energético de gás tumultuado, visível a olho nu, que está dando à luz a um novo aglomerado aberto de estrelas. Imediatamente à esquerda de M42 está uma proeminente nebulosa de reflexão azulada às vezes chamada de “Homem Correndo”, que abriga muitas estrelas azuis brilhantes. A imagem acima cobre uma área com objetos que estão a cerca de 1.500 anos-luz de distância e com extensão em torno de 75 anos-luz.

Fonte: NASA

domingo, 4 de maio de 2014

A espetacular Constelação de Escorpião

Se Escorpião se parecesse dessa maneira a olho nu, os humanos poderiam se lembrar melhor dele. A constelação de Escorpião aparece nos céus somente com suas estrelas mais brilhantes, numa constelação zodiacal bem conhecida.

Constelação de Escorpião

© Stéphane Guisard (Constelação de Escorpião)

Para se obter uma imagem espetacular como essa mostrada acima, você precisa de uma boa câmera, filtros coloridos e um processador de imagens. Para revelar os belos detalhes da imagem acima, além de fotos de longa exposição, é necessário exposições feitas numa cor vermelha específica emitida pelo hidrogênio. A imagem resultante mostra detalhes empolgantes. Cruzando verticalmente a imagem, aparece parte do plano da Via Láctea. Nuvens vastas de estrelas brilhantes e longos filamentos escuros de poeira estão presentes nesta região. Cruzando diagonalmente a partir da Via Láctea, na parte central da imagem estão as bandas escuras de poeira conhecidas como o Rio Escuro. Esse rio conecta algumas estrelas brilhantes na parte direita da imagem que são parte da cabeça do Escorpião, e das patas, incluindo a brilhante estrela Antares. Acima e a direita de Antares está o brilhante planeta Júpiter. Numerosas nebulosas de emissão vermelhas e nebulosas de reflexão azuis são visíveis na imagem. A constelação de Escorpião aparece de forma proeminente nos céus do hemisfério sul depois do pôr-do-Sol durante a metade do ano.

Fonte: NASA

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O Cinturão de Órion

O Cinturão de Órion é contituído pelas Três Marias, que é o nome popular dado a um asterismo de três estrelas que o constitui na constelação de Órion.

Cinturão de Órion

© Rogelio Bernal Andreo (Cinturão de Órion)

As estrelas que compõem o trio são: Alnitak, Alnilam e Mintaka, que são brilhantes e azuladas de leste a oeste (parte inferior direita para a esquerda superior) ao longo da diagonal nesta linda vista cósmica. Essas três estrelas supergigantes azuis são mais quentes e muito mais massivas que o Sol. Encontram-se cerca de 1.500 anos-luz de distância, originadas das nuvens interestelares de Órion.

Na verdade, nuvens de gás e poeira à deriva na região têm algumas formas surpreendentemente familiares, incluindo a escura Nebulosa Cabeça de Cavalo e a Nebulosa da Chama perto de Alnitak no canto inferior direito. A famosa Nebulosa de Órion está fora da borda direita deste campo estelar colorido. A imagem telescópica de campo amplo enquadrada abrange cerca de 4 graus no céu.

Embalada em poeira cósmica e hidrogênio brilhante, berçários estelares em Órion surgem de uma nuvem molecular gigante a cerca de 1.500 anos-luz de distância.

Constelação de Órion

© Rogelio Bernal Andreo (Constelação de Órion)

Esta imagem espetacular abrange cerca de 25 graus que se estende por toda a constelação. Click na imagem para ver uma versão ampliada.

A Grande Nebulosa de Órion, a grande região de formação de estrelas, está à direita do centro. À sua esquerda está a Nebulosa Cabeça de Cavalo, M78, e estrelas do Cinturão de Órion.

Nota-se na imagem a estrela gigante vermelha Betelgeuse no ombro do caçador, a estrela azul brilhante Rigel no seu pé, e a brilhante nebulosa Lambda Orionis (Meissa) na extremidade esquerda, perto da cabeça de Órion.

A Nebulosa de Órion e as estrelas brilhantes são fáceis de ver a olho nu, mas as nuvens de poeira e de emissões a partir do extenso gás interestelar nesta complexa nebulosa, são muito fracas e muito mais difícil de captar. Neste mosaico de imagens telescópicas de banda larga, dados adicionais adquiridos com um filtro de hidrogênio alfa estreito foram usados para evidenciar o gás hidrogênio atômico energizado e o arco do laço gigante de Barnard.

Fonte: NASA

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Três galáxias em Dragão

Esse intrigante trio de galáxias é algumas vezes chamado de Grupo Draco, e localiza-se na constelação do norte, chamada Draco (o Dragão).

trio de galáxias em Dragão

© Stephen Leshin (trio de galáxias em Dragão)

Da esquerda para a direita estão a galáxia espiral NGC 5981, a galáxia elíptica NGC 5982, e a galáxia espiral que aparece de frente para nós, NGC 5985; todas elas dentro do mesmo campo telescópico de visão que se espalha um pouco mais do que a metade da largura da Lua cheia. Enquanto o grupo é de longe muito pequeno para ser um aglomerado de galáxias, e não tem sido catalogado como um grupo compacto, todas essas galáxias localizam-se a cerca de 100 milhões de anos-luz da Terra. Numa análise mais detalhada realizada com espectrógrafos, o núcleo brilhante da impressionante galáxia espiral que aparece de frente para nós, a NGC 5985, mostra uma proeminente emissão em um comprimento de onda de luz específico, levando os astrônomos a classificarem essa galáxia como sendo uma Seyfert, ou seja, um tipo de galáxia ativa. Não tão bem conhecido como outros grupos de galáxias, o contraste na aparência visual de seus membros, faz desse trio um alvo atrativo para os astrofotógrafos. Essa exposição impressionantemente profunda nos fornece pistas, apagadas de conchas ao redor da NGC 5982, aspectos que são evidências de fusões galácticas do passado. Essa imagem também revela muitas outras galáxias bem mais distantes que esse trio.

Fonte: NASA